Candidatos à sucessão na Câmara cortejam partidos enquanto Lira ainda busca consenso para anunciar apoio

 Com a proximidade de agosto, mês estipulado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o anúncio do seu sucessor, os candidatos já estão fazendo contas, recebendo apoios públicos e esperando desistências de adversários. Lira está empenhado em apresentar no próximo mês um candidato alinhado com o Palácio do Planalto, esperando obter o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A meta é reunir o maior número possível de apoios, abrangendo desde governistas até a oposição. A reportagem é do jornal “O Globo”.

A intenção de Lira é repetir o feito de 2023, quando foi reeleito com votação recorde. Para evitar que outras campanhas ganhem força, será necessário cumprir um acordo feito no ano passado. Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) acordaram que apenas uma candidatura avançaria, com o critério sendo o melhor posicionado até o próximo mês.

Até agora, nenhum dos dois parece disposto a abrir mão de suas campanhas e ambos demonstram força. Pereira, inclusive, nega a existência de um acordo que o retire da disputa. Outro nome forte na disputa é Antônio Brito (PSD-BA), considerado o candidato mais próximo ao governo.

Elmar recebeu recentemente o apoio do PDT, comemorado em seu aniversário de 54 anos com uma festa em Brasília, que contou com a presença de 12 ministros da Esplanada e até de um adversário político baiano, o chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Conscientes da importância do apoio do bolsonarismo, Brito e Pereira buscaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para sinalizar a intenção de obter votos da oposição, enquanto Elmar tem acenado para os governistas.