O resultado foi anunciado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que, com o apoio da articulação política governista, decidiu devolver a MP, algo que não ocorria desde 2021.
Nos corredores do Senado, Haddad foi chamado de um “trapalhão bem-intencionado”. Em busca de recursos para compensar a perda de receitas com a aprovação do projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos, o ministro quis pressionar o Congresso a dar uma resposta sobre o tema.
Haddad, no entanto, não combinou com Rui Costa (Casa Civil) e nem com os líderes do governo no Parlamento. A pressão se elevou com a manifestação pública de empresários contra a medida. O ministro e sua equipe ficaram isolados. Nem o presidente Lula ousou apoiá-lo em público, como costuma fazer em situações parecidas.
Haddad queimou um cartucho, afirmou um senador da base governista. A solução para o problema virá de sugestões de congressistas e não do ministro que voltou a ser alvo de críticas internas de quem são seus rivais declarados: Costa e Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
A disputa entre Haddad e senadores começa a ir além: Pacheco vai se antecipar ao ministro e apresentar um plano para renegociar a dívida dos estados.