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PROGRAMA TROCANDO EM MIUDOS

A desconfiança de Lira


 O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não engoliu a história de que a retirada do trecho que prevê a retomada da taxação federal sobre importações de até 50 dólares do PL do Mover seja obra somente do relator Rodrigo Cunha (Podemos-AL).

A relação do senador com o deputado não é a mesma nos últimos meses, mas Lira atribui a lideranças governistas, em especial a Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), articulações que deram a Cunha a segurança que faltava.

Antes de o relator apresentar o parecer, Randolfe ameaçou orientar voto contrário caso a oposição tentasse colar a tributação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração não caiu bem para lideranças da Câmara, que já consideravam o assunto pacificado após acordo entre Lira e o Palácio do Planalto.

Quando soube da retirada do trecho do parecer, Lira não buscou Randolfe ou Jaques Wagner (PT-BA), mas sim o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está na Itália. Quis saber se o governo era incapaz de cumprir o acordo selado na semana passada.

Senadores do PT disseram que não houve negociação com Cunha antes de ele apresentar o parecer. Lira não acreditou e disse a interlocutores que, até para o nível de trapalhadas da articulação política do governo, essa soaria exagerada pela ingenuidade ou incompetência.

A desconfiança de Lira o fez declarar que, sem a taxação no PL do Mover, o projeto corre o risco de ser engavetado caso volte à Câmara. Não quis deixar margem para o governo propor votar o trecho em separado.

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