Apesar de insatisfação, PDT mantém acordos com União Brasil para as eleições municipais na Bahia
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abril 04, 2024
Apesar da relação entre o PDT e União Brasil na Bahia dar indícios de ter azedado, os acordos para as eleições municipais de 2024 estão mantidos. Para o Bahia Notícias, o presidente da legenda trabalhista no estado, Félix Mendonça Júnior, afirmou que, além do União, a sigla também apoiará o PT em algumas cidades.
"É difícil mudar alguma coisa. Temos diversos municípios que apoiamos PT. Outros que somos apoiados pelo PT e pelo União. Mas, é difícil. Isso interfere basicamente na condução dos partidos. Isso serve para gente e para os outros. Como ocorreu com a gente pode ocorrer com outros", disse Félix.
O pedetista tornou pública sua insatisfação após os rumores de que a vereadora de Lauro de Freitas Débora Régis iria para o União, fato que deve se confrimar até o próximo sábado (6), com o fim da janela partidária. Ele chegou a sugerir uma eventual derrota nas urnas caso a vereadora, que é pré-candidata à prefeitura de Lauro, deixasse a legenda.
Além disso, o parlamentar demonstrou insatisfação com o movimento do União e sugeriu um rompimento com a legenda. “O PDT da Bahia vai continuar independente, defendendo seus ideais. Nunca nos curvaremos a outro partido. Então, vamos nos afastar de alianças que são danosas aos nossos ideais, do oportunismo de quem apenas quer usar o partido da educação, do trabalhador e do empreendedor”, afirmou.
Segundo Félix, entre as cidades que estão com o cenário definido está Salvador. Na capital baiana, o PDT deve garantir a vice na chapa do prefeito Bruno Reis com Ana Paula Matos. "A aliança que nós temos para prefeitura e vereadores está mantida em Salvador”, confirmou.
RETORNO A BASE DO PT
O ex-pedetista histórico, deputado estadual Roberto Carlos, hoje no PV, protestou e indicou que irá trabalhar pelo retorno do PDT à base do governo do Estado.
"É inaceitável a forma como o União Brasil tem tratado o partido ao qual fui filiado por muitos anos e onde meu filho Randerson Leal ainda está, na condição de vereador de Salvador", protestou o parlamentar. Randerson se filiou, nesta quinta, ao Podemos.
"Tenho mantido conversas com Félix sobre as eleições municipais, inclusive tratando da filiação de prefeitos. O caminho natural é que o PDT retome a aliança com o PT, como já aconteceu no âmbito nacional. Os caciques do União Brasil não respeitam aliança, eles querem subserviência", pontuou o deputado.
Além dele, outro nome ligado à gestão estadual e que integra o PDT, o prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro, foi na mesma linha. Questionado pelo Bahia Notícias, Pinheiro revelou que irá buscar a migração do apoio.
"Historicamente, sempre marchamos ao lado do PT, do governo estadual. Em 2022, por pequenas diferenças locais e o projeto nacional, a cúpula estadual do partido tomou um rumo diferente, mas está na hora de nos reaproximarmos. O PDT é um partido de esquerda, e precisa ser respeitado. Eu tenho aconselhado Félix a abrir o diálogo com o governo Jerônimo Rodrigues (PT), de quem nunca deixei de ser aliado e apoiei em 2022, assim como sou parceiro também do meu deputado federal.
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