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PROGRAMA TROCANDO EM MIUDOS

Opinião: "Bancada de Elmar" acende alerta para nova força na política baiana


 O deputado federal Elmar Nascimento não dorme no ponto. Além de articular sua posição como sucessor de Arthur Lira na presidência da Câmara, o baiano mantém uma espécie de "bancada de Elmar" também na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o que permite um potencial de negociação mesmo com um governo ao qual faz a oposição. De um carreirista praticamente solo, ele se tornou um representante de classe, quase que sindicalista dos parlamentares

Mantida essa tendência, Elmar deve se consolidar com uma força colateral na esfera política baiana. Apesar de aliado do grupo de ACM Neto e "inimigo" declarado do PT local, o deputado flertou com os dois lados da cena local. O marco para a ascensão, no entanto, veio do episódio que colocou Lira como presidente da Câmara, enfrentando o então amigo de Elmar, Rodrigo Maia, que não poderia renovar o mandato e, ao invés de indicar o baiano (como ele esperava), apoio Baleia Rossi.

A conta desse racha entre Elmar e Rodrigo sequer recaiu sobre o deputado federal baiano. Quem pagou a conta publicamente foi ACM Neto, acusado pelo parlamento e pela imprensa de ter sido artífice da derrocada do então poderoso presidente da Câmara. Para quem conhecia um pouco da história baiana, sabia que o pato não era exclusivo do secretário-geral do União Brasil. Porém a pecha se encaixou e Elmar saiu quase ileso dessa briga.

Com Lira no poder, Elmar se tornou uma iminência parda da presidência. Ele passou a agir como negociador do alagoano e foi acumulando poderes, especialmente na liberação das antigas RP9 e da tramitação de projetos. O "superpoder" fez dele um hábil agenciador de deputados, tanto no âmbito federal quanto estadual. Daí surge o que os próprios integrantes passaram a chamar de "bancada de Elmar".

Com as portas abertas no Palácio do Planalto - e obrigatoriamente no Palácio de Ondina como consequência -, Elmar pode emergir como uma terceira força baiana, com mais intensidade do que o esforço feito por João Roma em 2022. Tanto ACM Neto quanto o PT devem ficar bem alertas. Principalmente a oposição, que pode vir a ser suplantada por ele. A "bancada de Elmar" é uma realidade e negá-la será um risco para as outras forças políticas da Bahia.

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