Até o ano passado, Gobbo, que é paulista e fez carreira profissional na conglomerado Queiroz Galvão, era diretor de Programas e Projetos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda da Prefeitura de Salvador. Ele deixou o posto para trabalhar numa empresa nos Emirados Árabes. Agora, terá como desafio comandar a Codeba. De acordo com informações obtidas pelo site, por onde passou obteve êxito e reconhecimento.
O comando da Codeba era reivindicado pelo PSB da deputada federal Lídice da Mata. A parlamentar, no entanto, vai indicar o titular da diretoria de Gestão Administrativa e Financeira, hoje a cargo de Gilmara Pereira Temoteo, que acumula interinamente a presidência da companhia.
Uma nova diretoria será criada com o aval dos ministérios das Relações Institucionais e dos Portos e Aeroportos, ao qual a companhia é subordinada. Essa diretoria vai surgir da divisão de uma outra que já existe: a de Infraestrutura e Gestão Portuária, e será entregue para um indicado do Republicanos, legenda que comanda o ministério, com o deputado federal licenciado Sílvio Costa Filho (PE). Essa articulação deve envolver o presidente da sigla na Bahia, deputado federal Márcio Marinho.
Atualmente, essa diretoria a ser desmembrada é comandada por Luiz Humberto Lisboa Castro, que foi diretor de Habitação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia. Castro foi indicado ao cargo pelo deputado federal Gabriel Nunes (PSD). Já a deputada federal Ivoneide Caetano (PT) emplacou o diretor Empresarial e de Relação, José Demétrius Silva Moura, que foi secretário de Cultura em Camaçari na gestão de Luiz Caetano (PT), marido da parlamentar e atual secretário estadual de Relações Institucionais.
Quando o Ministério dos Portos e Aeroportos estava sob a batuta do PSB, com Márcio França, havia a expectativa de que o ex-presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) Antônio Carlos Tramm assumisse o comando da Codeba por indicação de Lídice. Um dos obstáculos na época foi a falta de formação superior de Tramm, que deve assumir a chefia de gabinete da companhia.
Após o presidente Lula (PT) fazer mudanças no primeiro escalão para ampliar a base de apoio na Câmara Federal e junto ao Centrão, o ministério passou a ser comandado pelo Republicanos.