Lira tem demonstrado apoio ao desejo de Haddad de zerar o déficit em 2024, mas lideranças do Congresso dizem que o relator do projeto de diretrizes orçamentárias, Danilo Forte (União Brasil-CE), já teria convencido o presidente da Câmara sobre a inviabilidade.
Há, ainda, outro elemento: a proximidade de Lira com Haddad. O presidente da Câmara não quer desautorizar o ministro da Fazenda e nem dar força ao chefe da Casa Civil, segundo um aliado.
O Bastidor já mostrou que alguns cálculos já são feitos por deputados sobre o tamanho do déficit: vão de 0,25% a 1,01% do Produto Interno Bruto.
Um parlamentar que participou da reunião de líderes com o presidente Lula, na semana passada, diz que todo mundo saiu dali com a impressão de que a meta será alterada.
Lira tem resistindo à ideia de que a proposta de mudança seja feita por algum deputado, via emenda na LDO. O presidente da Câmara insiste que Haddad deve tentar convencer as lideranças a aprovarem projetos que aumentem a arrecadação.
O principal deles é o que regulamenta a isenção tributária para créditos fiscais de investimentos feitos com ICMS. É este também o que encontra maior resistência hoje na casa.