O argumento tem sido utilizado principalmente por vereadores petistas em favor da pré-candidatura do deputado estadual Robinson Almeida (PT) e contra o nome do vice-governador emedebista Geraldo Júnior. O posicionamento também foi rebatido hoje pelo presidente de honra do MDB baiano, Lúcio Vieira Lima, em entrevista exclusiva ao site.
“O PT forma uma federação com o PCdoB e o PV. Ao atuarem como um único partido, eles é que terão a maior facilidade de construir candidaturas a vereador competitivas e montar a chapa dos 44 candidatos, ao contrário dos demais, pois não há mais coligação e cada um terá que construir a sua lista com o mesmo número de postulantes para tentar eleger pelo menos um. Quem vai sofrer mais, e esse é um dos grandes e reais problemas que estamos enfrentando na base, é o PSB, o MDB, o Avante, enfim, os demais partidos aliados”, declarou a deputada.
Nas eleições de 2024, cada partido poderá lançar até 44 candidatos a vereador em Salvador, o correspondente ao número de cadeiras na Câmara (43) mais uma. No caso da federação, que funciona como uma única legenda, as três siglas do bloco devem construir, juntas, a lista com até 44 postulantes. A maioria dos candidatos será indicada pelo PT, partido que tem maior peso eleitoral no grupo.
“Apesar de que deveremos ter uma eleição proporcional com menos candidatos, será difícil fazer a lista com 44 candidatos para que possamos ter condições de eleger quadros na Câmara. Essa dificuldade será menor na federação, é um fato. E o PT ainda tem o número do presidente Lula e do governador. Por isso, acho que esse argumento de que o candidato tem que ser da federação por conta da eleição de vereador não é válido e nem deveria ser usado”, disse Lídice.
A presidente do PSB baiano afirmou que o nome dela e o do vereador Sílvio Humberto continuam à disposição do governador para disputar o Palácio Thomé de Souza. Ela acredita que Jerônimo deve chamar os partidos para conversar nos próximos dias em busca de uma definição.
“Conversamos ontem (05) internamente no partido e trocamos uma ideia sobre as eleições na capital. Acreditamos que essa indefinição é devido ao método utilizado pelo governador para fazer a escolha. Imagino que Jerônimo agora vai procurar cada liderança, ouvir todos e depois tomar a decisão. É preciso conversar de um em um. Essa discussão não pode ficar apenas no âmbito da federação, com três partidos juntos e os outros de fora”, ponderou.
Lídice afirmou que não vê uma vantagem de Geraldo Júnior na disputa interna. Ela revelou ainda que o PSB vai conversar com Geraldo Júnior. “Vamos conversar porque quem quer ter apoio também deve estar disposto a apoiar. Acho que todos estão em igualdade de condições”.
