Haddad tem buscado empenho da articulação política para a aprovação pelos parlamentares do projeto de lei que cobra das empresas a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) e o Imposto de Renda sobre os benefícios fiscais oferecidos pelos estados. A proposta tem enfrentado resistência no Congresso.
Na manhã de sexta (27), pouco antes do café da manhã em que Lula disse que “déficit de 0,5%” ou “de 0,25%” “é nada”, Haddad conversou com o presidente justamente sobre a dificuldade no Congresso. O ministro disse justamente ser fundamental aprovar o projeto, que, sem ele, o governo perde no ano que vem até 70 bilhões reais.
Para os auxiliares de Haddad, na equipe econômica, além da ideia de que a declaração do presidente impacta negativamente o mercado, há o impacto negativo sobre a tramitação no Congresso.
Uma fonte disse que já havia uma pressão de empresários e dos governos sobre os parlamentares para rejeitar o PL. Com a fala de Lula, o receio é de que o deputado e o senador vão entender que tudo bem haver déficit no orçamento.
A despeito do comentário do presidente, Haddad, dizem seus auxiliares, vai continuar o trabalho para sensibilizar o Congresso.