Além de Leal, o bloco tem como membros Vitor Azevedo e Raimundinho da JR (ambos do PL); Patrick Lopes (Avante); Binho Galinha (Patriota); o presidente do Solidariedade na Bahia (SD), Luciano Araújo; Laerte do Vando (Podemos) e Felipe Duarte, também do PP. Dos oito, apenas Patrick Lopes apoiou Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2022; os demais votaram com ACM Neto ou João Roma.
Um interlocutor revelou ao BN que mesmo tendo rompido com a base de Jerônimo Rodrigues para apoiar o candidato ACM Neto (União) nas eleições de 2022, o PP “tem cargos lá [na Prefeitura de Salvador] e cá [no governo]". "O xis da questão é que o PP tem quatro deputados na AL-BA e o bloco informal, oito. “O PP não ajudou na eleição [de Jerônimo] e tem uma pasta como o Detran. Porque os oito aceitariam menos que isso?”, questionou.
Uma fonte do governo reconheceu que, mesmo não tendo marchado com Jerônimo durante a campanha passada, o “bloco dos oito” tem poder de barganha. “Com certeza, ou ele [Jerônimo] resolve ou perde os oito”, cravou, deixando claro que as duas pastas que estão sendo alvo das especulações ainda não foram ofertadas pelo chefe do Executivo Estadual, mas que há essa possibilidade.
CACIQUE OU ÍNDIO?
Nos bastidores o “tamanho do PP” no governo do Estado tem gerado olho gordo e o “poder” do deputado Niltinho, controvérsias. “O Detran é um órgão importante e que foi dado ao PP, mas quem nomeou todos os cargos foi o deputado Niltinho. Ele continua tendo o mesmo espaço na Prefeitura de Salvador, ele tem cargos lá e cá. Apenas dois deputados do PP não têm cargos nem lá, nem cá, que são Felipe Duarte e Nelson Leal”, alfinetou o interlocutor.
Esse mesmo intermediário reiterou que “o novo bloco é a terceira maior bancada na AL-BA e se não vierem os espaços, o governo vai perder oito deputados de vez e, certamente, isso vai mexer nas estruturas”.